quinta-feira, 2 de julho de 2009


São muitos os estímulos condicionantes da vida, um sentimento pode mudar as pessoas, o vazio ficar cheio, as mensagens bregas que o velho da esquina vende começarem a ter um significado e mesmo coisas simples como um sorriso, uma lágrima ou uma dilatação nasal passarem a ser importantes. Até um ‘telegrama’ escrito com raiva, com intuito polêmico, é capaz de arrancar um sorriso ao invés de um rosnado, então como não posso beijar o português da padaria, eu beijo o cachorro do casa! E como não posso gritar para o mundo, só ligar para beta, escrevo no blog, por que eu sei que você vai ler! EU TE AMO.

Eu tava triste, tristinho.
Mais sem graça que a top-model magrela na passarela
Eu tava só, sozinho!
Mais solitário que um paulistano
Que um vilão de filme mexicano
Tava mais bôbo que banda de rock
Que um palhaço do circo Vostok...

Mas ontem eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama dizendo:
Nêgo sinta-se feliz porque no mundo tem alguém que diz:
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito muito te ama,
Que tanto te ama!
Por isso hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o português da padaria.

(...)

Me dê a mão vamos sair
Prá ver o sol!

Telegrama - Zeca Baleiro

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